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S 105

Congreso SOLANEP-Sochinep 2012

/ 17 al 20 de octubre. Viña del mar, chile

Trabajos

Análise da prevalência e impacto clínico de infecções por

Staphylococcus

aureus

meticilino-resistente em pacientes com fibrose cística utilizando

dados locais do Registro Brasileiro de Fibrose Cística

Pereira Fabio, Ribeiro Luiz, Caldi Thiago, Sarmento Claudine, Menezes Jamile, Suemi Tatiana,

Batista Isabella, Marçal Talita.

Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Introdução:

Infecções por

Staphylococcus aureus

meticilino-resistente (MRSA) são de difícil manejo em pacientes

com fibrose cística (FC), mas seu impacto clínico ainda é controverso.

Objetivos:

Avaliar a prevalência de infecções

por MRSA em pacientes com FC atendidos em nosso Centro e descrever as suas características clinicas.

Mate-

riais e Métodos:

Utilizando dados de nosso Centro no Registro Brasileiro de Fibrose Cística os pacientes foram

categorizados em 3 grupos de acordo com os resultados microbiológicos: livres (sem identificação de MRSA em

2009 e 2010), MRSA+: pacientes com cultura positiva para MRSA em 2010 e MRSA persistente (pacientes com

cultura positiva em 2009 e 2010) Foram analisados: escore Z de peso e estatura, índice de Tiffeneau, colonização

por

P. aeruginosa

mucóide e complexo B. cepacia, idade do diagnóstico, escore de Schwachman-Kulczicki, dias de

internação em 2010 e uso de tobramicina inalatória. As comparações entre as variáveis com distribuição normal

foram feitas através de teste de qui-quadrado ou ANOVA, em caso contrário utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis.

Foram consideradas diferenças significativas valores de p < 0,05.

Resultados:

A prevalência de MRSA no ano

de 2010 foi de 22%. Observou-se associação significativa entre a colonização persistente por MRSA e alterações

na função pulmonar e escore de Schwachman, indicando que a categorização dos pacientes baseada em apenas

dois anos de observação pode refletir um perfil de infecção persistente e de maior repercussão entre os pacientes.

Conclusões:

Estratégias terapêuticas ou profiláticas para impedir a colonização persistente por MRSA poderiam

ter impacto na evolução clínica dos pacientes com FC.

Impacto da Idade do Diagnóstico de Fibrose Cística em Parâmetros Clínicos

e Funcionais

Pereira Fabio, Ribeiro Luiz, Caldi Thiago, Sarmento Claudine, Timy Patricia, Mesquita Luisa,

Batista Isabella, Marçal Talita.

Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Introdução:

Estudos recentes demonstraram que o diagnóstico precoce da fibrose cística, especialmente através da

triagem neonatal, resulta em melhores desfechos nutricionais, melhor crescimento e diminuição das hospitalizações.

O diagnóstico tardio pode resultar em má evolução nutricional e disfunção cognitiva.

Objetivos:

O objetivo deste

estudo é avaliar o impacto da idade do diagnóstico em parâmetros clínicos e funcionais.

Materiais e Métodos:

Utilizando dados de nosso Centro depositados no Registro Brasileiro de Fibrose Cística, dividimos as idades de

diagnóstico em 4 faixas: 0 a 6, >6 a 12, >12 a 24 e > 24 meses. Foram avaliados o índice de Tiffeneau, escore

Z de peso e estatura, escore de Schwachman-Kulczicki, presença de

P. aeruginosa

mucóide, complexo B. cepacia,

MRSA e outros patógenos. As diferenças de frequências entre as variáveis categóricas foram avaliadas pelo teste

do qui-quadrado e entre contínuas pelo teste de ANOVA. Dados não paramétricos foram avaliados pelo teste de

Kruskal-Wallis. Consideramos diferenças significativas aquelas com valor de p < 0,05.

Resultados:

Foram avaliados

99 pacientes. A mediana de idade do diagnóstico foi 9,52 meses. Quando comparados aos pacientes diagnosticados

entre 0 a 6 meses, os pacientes com diagnóstico acima de 24 meses apresentaram escores Z de estatura e escores

de Schwachman significativamente menores, além de significativa maior incidência de colonização por

P. aeruginosa

mucóide.

Conclusões:

As diferenças encontradas entre os parâmetros de antropometria, escore clínico e pre-

valência de P. aeruginosa, apesar de significativas, precisam ser interpretadas com cautela frente à grande diferença

encontrada na idade atual dos grupos estudados.